terça-feira, 27 de janeiro de 2004

Caso Fehér.

Ó Zé, claro que fiquei comovido com a morte Fehér, qualquer pessoa normal fica sensibilizada quando vê outra pessoa, ainda por cima jovem, perder a vida diante dos seus olhos. Infelizmente, situações como esta ocorrem todos dias, só que não passam na televisão, e as vitimas são pessoas mais ou menos anónimas. Não é preciso fazer disto uma tragédia, estas coisas acontecem. A morte faz parte da vida (que belo cliche).
É nestas alturas que nos apercebemos como a vida humana é frágil, e que afinal não somos nada. Por vezes, achamos que somos muito importantes e damos importancia a merdices sem importancia nenhuma, quando afinal só andamos por este mundo uns tempos e depois Pufff. E para mim também não vale a pena perder tempo à procura do sentido da vida, porque não há nenhum.
Isto de ser agnóstico não facilita nada as coisas quando se fala de morte, suponho que para quem é religioso as coisas sejam um pouco mais reconfortantes.
Ok. Admito que hoje estou um bocado depressivo (suicide tuesday), mas já chega de conversa da treta.

A propósito da morte do Fehér, o que me mete mesmo nojo é o aproveitamento de alguma comunicação social. Hoje, no telejornal da TVI à hora de almoço falaram 50 minutos (!!!) sobre a morte do Fehér. Incluindo algumas pérolas jornalisticas como a entrevista ao amigo do Fehér que jogou no FCP e que praticanemte não fala português e as entrevistas nas ruas da sua cidade natal:
-Então para si o Fehér é um herói nacional na Hungria ?
-Pois, acho que sim.
Não percam hoje no jornal da noite da TVI, a excelente peça sobre a casa onde ele passou a infancia. Fodasse, um dia destes espeto uma bomba nos estúdios da TVI.

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