sábado, 9 de maio de 2009

Maio Maduro Maio

É já amanhã pelas 12H00 que em Santiago, Galiza, Espanha acontecerá algo que me dá algum orgulho em ter nascido neste pequeno rectângulo. O acontecimento não é para menos e não é todos os dias que um parque com o nome "Das Nações", onde existem algumas residências universitárias, passa a chamar-se "Parque Zeca Afonso".

A este acontecimento estão associados antigos amigos galegos do nosso querido Zeca , como por exemplo Benedicto Garcia Villar, também ele um trovador anti-franquista. Louvo o seu trabalho e a Junta de Santiago pelo reconhecimento e coragem deste acto.

Foi neste mesmo parque que em 1972 foi cantada ao vivo "Grândola Vila Morena" pela primeira vez, segundo Benedicto "Um hino à liberdade".

É engraçado constatar que em Lisboa não existe uma única rua, beco ou praça com o nome de Zeca Afonso, o mais próximo, encontra-se em Loures com 2 ruas, e Odivelas com mais 2 com o nome do músico.

Não tenho conhecimento de haver em Lisboa alguma homenagem mesmo que em formatos diferentes. Possivelmente até existe algum busto de Zeca Afonso perdido nesta pequena cidade burguesa, numa qualquer rua, baptizada com o nome de um toureiro ou outro ilustre desconhecido.

Obrigado Galiza por esse raio de luz nestes tempos em tons pastel.

2 comentários:

Anónimo disse...

Meu caro Luis:
A divulgação da obra de arte que são as trovas do grande Zeca,tem vindo a ser feita através do tempo por diversos cantores alguns não merecendo sequer pronunciar o seu nome, servindo-se tão só para afirmar posições ditas esquerdistas, por que está na moda. Quando preparávamos a comp que me haveria de levar a terras de africa, ainda no profundo fascismo, cantava-se em Portel à roda de uma fogueira as cantigas de Zeca Afonso, ainda vivo e actuante,cantigas essas que agora dão volta ao mundo. Para mim, cru em politica, menino ainda, era o extase de conhecer um mundo novo, escondido, que se me abria num flash de emoções e que nunca mais me largou. Ainda hoje reunimos companheiros, alguns que privaram de perto com esse grande homem, e não esquecendo a obra, ainda o honram com o brindar do companheirismo e camaradagem de quem conhece as agruras da vida e luta por um Portugal e um mundo melhor. Obrigado por ter trazido a este blog, que não é sisudo, nem precisa, esta informação que dirá a muitos o caminho a percorrer.

Amarantino

Ana Lemos disse...

Caro Amarantino, obrigada pelas suas palavras e pela experiencia partilhada com esta familia.

Luis querido, obrigada pela homenagem, que fica pela comemoraçao do meu 25 de Abril, que ainda que buscado por Maputo, só o encontrei na embaixada espanhola. coisas estranhas da vida!!

beijinho