A Escola.

"Uma das apostas de risco de Paulo Futre enquanto director desportivo do Atlético de Madrid foi a contratação de Dani, outro prodígio da formação do Sporting que começava a ser mais conhecido pela vida boémia do que pelos dotes futebolísticos. Temendo excessos na ‘movida’ madrilena, ameaçou o então jogador do Benfica (após passagens pelo West Ham e Ajax), prometendo dar-lhe um tiro no joelho se não cumprisse as regras do clube.

Apesar disso, Dani foi visto em discotecas e Futre arrastou-o para a casa-de-banho do balneário, duas horas antes do jogo de estreia, apertando-lhe a garganta. “Filho de uma grande p..., cab... de m.... Vai ser a primeira e última vez que jogas. Vou buscar uma pistola durante o jogo, seu filho da p... E quando terminares não te vou dar um tiro no joelho. Vou dar-te um tiro nos dois joelhos e nos dois pés. Cab... de m... Passaste todos os limites”, gritou o director desportivo, ‘motivando’ o reforço para uma grande exibição.

Segundo o livro ‘El Portugués’, o susto depressa foi esquecido, pelo que arranjou uma arma de fogo e chamou Dani ao seu gabinete. “Levantei-me, dei a volta à secretária com a pistola na mão e desatei aos gritos: Qual é o joelho que queres, cab...? O direito ou o esquerdo. Diz-me filho da p...”, perguntou o responsável do Atlético de Madrid enquanto encostava o cano aos dois joelhos. “Acho que os meus gritos se ouviram por toda a cidade de Madrid enquanto o Dani chorava baba e ranho. Todo encolhido”, lembra Futre, que deu uma “última” oportunidade ao jogador, deixando-lhe a pistola marcada na rótula."

in CM