Os apoiantes do grupo disseram que este será um julgamento com motivos políticos, devido à letra e à acção. A banda, que se chama Pussy Riot, foi acusada de vandalismo e de "actos de ódio religioso" na catedral mas também na Praça Vermelha onde deram um concerto não autorizado que fez parte de uma manifestação anti-Putin. Na manifestação, à medida que cantavam, as mulheres foram retirando a roupa, acabando em lingerie.
A Igreja Ortodoxa exigiu que fossem severamente condenadas, pelo que poderão, caso sejam consideradas culpadas, passar até sete anos na prisão. Um movimento que integra opositores a Putin, seguidores do grupo e músicos ocidentais (Sting e os Hot Chilli Pepper, por exemplo), pediu a sua libertação e manifestou receios de o julgamento não ser justo.
"A decisão do tribunal não dependerá da lei mas da vontade do Kremlin", disse à Reuters Liudmila Alexeieva, uma moscovita que chefia o grupo de defesa dos direitos humanos Grupo de Helsínquia.
As Pussy Riot,que se inspiraram nos grupos punk femininos dos anos 1990 Bikini Kill e Riot Grrl, inrromperam na cena musical moscovita no início do Inverno passado com letras agressivas e performances fora da caixa. Consideram-se um movimento avant-garde de uma geração descontente com Putin, que já está há 12 anos no poder.
Putin enfrenta uma onda de contestação inédita na Rússia pós-soviética e tem vindo a apertar o cerco aos seus opositores, em concreto aos membros da "nova oposição". O bloguer Alexei Navalni, que denunciou inúmeros crimes de corrupção dentro do aparelho político, começa também amanhã a ser julgado por incitamento à desordem na véspera da tomada de posse de Putin, a 7 de Maio. Poderá ser condenado a cinco anos de prisão.
2 comentários:
E isto passa-se no seculo XXI... Revolta-me!
Afinal a falta de liberdade não acabou com o fim do comunismo, quem diria...
A igreja e o poder governamental, seja ele qual for, é que lixam esta merda toda.
Precisamos de umas "punk pussys" destas por cá.
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