sexta-feira, 2 de maio de 2008

Agora um bocado de POLITICA

(sou mesmo influenciável), mas deu que pensar....


Travar, para pensar!


Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de combóio. Comprado o bilhete,
dá consigo num combóio que só se diferencia dos nossos Alfa por ser
menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos passageiros.

A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder
de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria
comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites
orçamentais seriam mesmo uns tontos.

Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes
recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.

A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu
Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches
e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio
à terceira idade.

Percebe-se bem porque não construíram estádios de futebol desnecessários,porque
não constroem aeróportos em cima de pântanos, nem optam por ter combóios
supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental, extensos,onde
o combóio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por
passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que
fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha
(com pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que
não o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de
cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia
do País.

Para além de que, dado hoje ser um projecto, praticamente, não financiado
pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações
de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de
pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se mil escolas Básicas
e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco
mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada
uma),

mais mil creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais
mil centros de dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um).

Ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em
muitas outras carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada
rede viária secundária.

Cabe ao Governo, reflectir!

Cabe à Oposição, contrapor!

Cabe-lhe a si reencaminhar esta mensagem ou deixar ficar!

5 comentários:

jzz disse...

demaaagogiiiaaaa, silêncio calmaaaa....

Se a pessoa que foi viajar para a Suécia desse esse dinheiro, curava dezenas de pessoas com lepra na Indía

David disse...

então isso é que é demagogiaaaaaaa. obrigado....
e aquilo do universe people, tambem achas que é tanga????

jzz disse...

epá, aquilo do universe people, sinceramente, não percebi... tens que me explicar

David disse...

é uma seita religiosa!!! vai clicando sobre a primeira imagem e vão aparecendo outras imagens ate chegares ao site.
Mete extraterrestres e tudo....

Scissorhands disse...

Podia jurar que tinha deixado um comentário a dizer que isso do TGV tinha sido muito mal vendido.

Que a ideia era criar uma rede ferroviária standard transeuropeia, porque a bitola ibérica é diferente da europeia e o nosso sistema de sinalização é diferente do espanhol. A corrente eléctica nas catenárias foi desenvolvida num projecto europeu no fim dos anos 50 em que nós participamos, por isso nisso estamos bem.

Vender isso com base no TGV foi uma questão de marketing que correu mesmo mal.

Mas como estou ligado a um modem 56K, deve ter ficado preso no fio :P